Narrative Approach (NA) está ganhando cada vez mais interesse em todos os setores das ciências humanas. O sucesso é, em parte, devido à sua ampla utilização pelos Gender Studies (GSs), os quais, a partir das epistemologias feministas, promovem modalidades de pesquisas em contraposição com o valor integrativo às medidas objetivas (MERRILL, 2009). Trata-se de uma metodologia peculiar, voltada ao respeito da centralidade da experiência subjetiva (STIVERS, 1993; COOK; FONOW, 1986; HARDING, 1987). Aparecendo, inicialmente, nos estudos sociais da literatura feminista e dos Women’s Studies, o NA define um modo específico de pesquisa, capaz de explicar o empenho da mulher na mudança do próprio destino ao longo do percurso da história. Essa contribuição, que pertence ao território entre a psicologia social e cultural e aquele dos GSs, destaca a importância que tal metodologia abrange na pesquisa que vasculha a ação de coconstrução da identidade individual e social da mulher, fazendo referência também ao tema das transformações causadas pela emigração. O objetivo subsequente é também aquele de oferecer uma reflexão sobre métodos de análises que permitem tornar utilizáveis os resultados dentro da comunidade científica. Na verdade, a modalidade narrativa tem sido entendida como uma estratégia de conhecimento da realidade que permite não perder a informação sobre as biografias das pessoas e o significado que estas oferecem ao próprio percurso existencial. Embora isso assegure uma notável riqueza de informação, o risco do NA é aquele de não conseguir tornar tal riqueza operacionalizável, uma vez que a complexidade dos resultados obtidos arrisca não ser capaz de ser traduzida e generalizada. Nesse sentido, o NA ainda requer um considerável trabalho de elaboração metodológica, de modo que os resultados possam ser mais facilmente acessíveis, a fim de favorecer a difusão das práticas de onde eles vêm. Neste capítulo, apresentamos tanto a base epistemológica que suporta o NA nos GSs e na psicologia social e cultural, bem como as formas de análise que possam produzir resultados cientificamente interessantes, em virtude de definir discussões em função da divulgação dos resultados obtidos. Em particular, voltar-nos-emos para o território da análise textual informatizada e narratológica que está ganhando um crescente interesse em diferentes áreas da pesquisa social, política e sanitária.

NARRAÇÃO E RECONSTRU ÇÃO DAS RAÍZES – ENTRE GÊNERO E RECONHECIMENTO DA IDENTIDADE NARRADORA

TESTONI, INES
2014

Abstract

Narrative Approach (NA) está ganhando cada vez mais interesse em todos os setores das ciências humanas. O sucesso é, em parte, devido à sua ampla utilização pelos Gender Studies (GSs), os quais, a partir das epistemologias feministas, promovem modalidades de pesquisas em contraposição com o valor integrativo às medidas objetivas (MERRILL, 2009). Trata-se de uma metodologia peculiar, voltada ao respeito da centralidade da experiência subjetiva (STIVERS, 1993; COOK; FONOW, 1986; HARDING, 1987). Aparecendo, inicialmente, nos estudos sociais da literatura feminista e dos Women’s Studies, o NA define um modo específico de pesquisa, capaz de explicar o empenho da mulher na mudança do próprio destino ao longo do percurso da história. Essa contribuição, que pertence ao território entre a psicologia social e cultural e aquele dos GSs, destaca a importância que tal metodologia abrange na pesquisa que vasculha a ação de coconstrução da identidade individual e social da mulher, fazendo referência também ao tema das transformações causadas pela emigração. O objetivo subsequente é também aquele de oferecer uma reflexão sobre métodos de análises que permitem tornar utilizáveis os resultados dentro da comunidade científica. Na verdade, a modalidade narrativa tem sido entendida como uma estratégia de conhecimento da realidade que permite não perder a informação sobre as biografias das pessoas e o significado que estas oferecem ao próprio percurso existencial. Embora isso assegure uma notável riqueza de informação, o risco do NA é aquele de não conseguir tornar tal riqueza operacionalizável, uma vez que a complexidade dos resultados obtidos arrisca não ser capaz de ser traduzida e generalizada. Nesse sentido, o NA ainda requer um considerável trabalho de elaboração metodológica, de modo que os resultados possam ser mais facilmente acessíveis, a fim de favorecer a difusão das práticas de onde eles vêm. Neste capítulo, apresentamos tanto a base epistemológica que suporta o NA nos GSs e na psicologia social e cultural, bem como as formas de análise que possam produzir resultados cientificamente interessantes, em virtude de definir discussões em função da divulgação dos resultados obtidos. Em particular, voltar-nos-emos para o território da análise textual informatizada e narratológica que está ganhando um crescente interesse em diferentes áreas da pesquisa social, política e sanitária.
2014
Narrativas de gênero : relatos de história oral : experiências de ítalo-brasileiros na Itália contemporânea
9788577722105
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